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63 bancos americanos à beira da falência: crise no Bitcoin a caminho?

A situação econômica dos Estados Unidos está em um ponto crítico, com o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) reportando uma possível falência de 63 bancos. Com perdas não realizadas no valor de US$ 517 bilhões, esses bancos estão em um estado de vulnerabilidade extrema. Mas como isso afeta o Bitcoin e outras criptomoedas? Vamos explorar.

Bancos à beira da falência

O FDIC revelou que o aumento das taxas de juros e a demora do Federal Reserve (FED) em cortá-las estão pressionando os bancos americanos. Esses fatores resultaram em passivos crescentes e ativos depreciados. O fim do Programa de Financiamento a Prazo Bancário (FTFP) em março também agravou a situação, retirando uma importante fonte de alívio financeiro para os bancos.

Desde 2022, os bancos têm enfrentado nove trimestres consecutivos de perdas não realizadas, cenário que já resultou na falência de três instituições. Sem a intervenção do FDIC e do FED, essa crise poderia ter desencadeado uma catástrofe financeira nos EUA. A economia americana está em um terreno instável, e a possibilidade de novas falências está mais real do que nunca.

O impacto pode resultar em crise no Bitcoin

O preço do Bitcoin (BTC) ultrapassou os US$ 70.000 recentemente, impulsionado pela publicação de dados econômicos negativos, como o índice ISM Manufacturing PMI, que ficou abaixo das previsões. Historicamente, crises bancárias têm sido favoráveis para o Bitcoin, visto como uma alternativa segura em tempos de instabilidade financeira.

gráfico mostra o preço do biticoin
(Reprodução/CoinMarketCap)

Em 2023, por exemplo, o BTC teve um ganho expressivo de 150%, coincidindo com a falência de bancos como o Signature Bank e o Silicon Valley Bank (SVB). Analistas acreditam que, se novas falências ocorrerem, o Bitcoin pode experimentar outra alta significativa. Com a proximidade das eleições presidenciais nos EUA em 2024, o FED e o Departamento do Tesouro estão preparando medidas para mitigar qualquer impacto econômico negativo, o que pode incluir cortes nas taxas de juros e novos programas de compra de ativos.

Perspectivas para o futuro do Bitcoin

O índice do dólar americano (DXY) caiu recentemente para menos de 105, um reflexo da queda da inflação e da fragilidade do mercado de trabalho. Com o rendimento do Tesouro dos EUA a 10 anos também em queda, agora em 4,37%, a expectativa de um corte de juros cresce. Juros mais baixos beneficiam ativos de risco, como o Bitcoin, que pode se valorizar ainda mais.

Os contratos futuros do FED indicam um corte de taxa ainda este ano, mas uma mudança mais substancial na política monetária pode ocorrer em setembro, dependendo de dados econômicos favoráveis. A economia global está de olho nos próximos passos do FED, e o mercado de criptomoedas não é exceção.

Em resumo, a crise no Bitcoin pode ser um reflexo direto das falências bancárias nos EUA. Com uma economia instável e a possibilidade de novos cortes de juros, o BTC e outras criptomoedas podem se valorizar significativamente. Fique atento às próximas movimentações do mercado financeiro e prepare-se para possíveis surpresas.

Conclusão

A crise no Bitcoin está diretamente ligada à instabilidade econômica dos Estados Unidos e às potenciais falências bancárias. Com 63 bancos em risco e uma economia fragilizada, o cenário é desafiador. No entanto, essa mesma crise pode ser a oportunidade que o Bitcoin e outras criptomoedas precisam para se valorizarem ainda mais. Acompanhe de perto os desdobramentos econômicos e esteja preparado para as oportunidades que podem surgir.

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Gustavo Morais

Jornalista, com pós-graduação em Produção e Crítica Cultural. Cerca de 20 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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